sábado, 3 de julho de 2010

O Amor Cortês

Amor cortês foi um conceito europeu medieval de atitudes, mitos e etiqueta para enaltecer o amor, e que gerou vários gêneros de literatura medieval, incluindo o romance. Ele surgiu nas cortes ducais e principescas das regiões onde hoje se situa a França meridional, em fins do século XI. Em sua essência, o amor cortês era uma experiência contraditória entre o desejo erótico e a realização espiritual, "um amor ao mesmo tempo ilícito e moralmente elevado, passional e auto-disciplinado, humilhante e exaltante, humano e transcendente

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O amor cortês trata da relação entre um homem e uma mulher: onde a mulher é uma dama, que também significa que ela é casada e, o homem é um celibatário, que se interessa por ela.
Tudo começa por um olhar lançado, “é uma flecha que penetra pelos olhos, e crava-se no coração, incendeio-o, traz-lhe o fogo do desejo”. Este homem, então, ferido de amor (no sentido carnal), sonha apoderar-se desta mulher. Essa mulher é muitas vezes esposa de seu próprio senhor, portanto é dona da casa que este freqüenta, ou seja, ela está hierarquicamente acima dele, é seu vassalo. Por ela, deixa de ser livre.
O amor cortês é um jogo, cujo mestre é o homem. A dama é uma peça fundamental, porém é mulher e não dispõe livremente do seu corpo, que pertenceu, primeiramente a seu pai, agora é de seu esposo. Carrega nele a honra deste esposo, Por esse motivo ela é altamente vigiada.
Sem privacidade nos castelos, ao menor deslize, esta mulher é acusada, por ser frágil e fraca. É passível dos piores castigos, os quais seu cúmplice corre o risco de recebe-los.
Neste jogo, o mais excitante eram os perigos, o amor cortês era uma aventura, permeado por códigos secretos, discrição, olhares furtivos e pela ânsia de estarem junto com esta dama “num jardim secreto”.

2 comentários:

CristinaCarrabba disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
CristinaCarrabba disse...
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