sexta-feira, 19 de agosto de 2016

ESTE BARCO

ESTE BARCO
P.R.Baptista


Este barco que se vai
as velas enfunadas
e as arcas carregadas
de lembranças estivais
este barco  lembrará
o que deixa para trás
lembrará os uis
os ais?

Este barco que se vai
as velas enfunadas
e as arcas carregadas
de lembranças estivais
este barco lembrará
os carnavais?

Este barco que se vai
as velas enfunadas
e as arcas carregadas
de lembranças estivais
este barco tomará
o rumo de que cais?

Este barco que se vai
as velas enfunadas
e as arcas carregadas
de lembranças estivais
algum dia reavivará antigos sentimentos
e emoções perdidas no esquecimento
ou irá no horizonte se afastando

para sempre mais e mais?

sábado, 3 de julho de 2010

O Amor Cortês

Amor cortês foi um conceito europeu medieval de atitudes, mitos e etiqueta para enaltecer o amor, e que gerou vários gêneros de literatura medieval, incluindo o romance. Ele surgiu nas cortes ducais e principescas das regiões onde hoje se situa a França meridional, em fins do século XI. Em sua essência, o amor cortês era uma experiência contraditória entre o desejo erótico e a realização espiritual, "um amor ao mesmo tempo ilícito e moralmente elevado, passional e auto-disciplinado, humilhante e exaltante, humano e transcendente

.-.-.-.-.-.-

O amor cortês trata da relação entre um homem e uma mulher: onde a mulher é uma dama, que também significa que ela é casada e, o homem é um celibatário, que se interessa por ela.
Tudo começa por um olhar lançado, “é uma flecha que penetra pelos olhos, e crava-se no coração, incendeio-o, traz-lhe o fogo do desejo”. Este homem, então, ferido de amor (no sentido carnal), sonha apoderar-se desta mulher. Essa mulher é muitas vezes esposa de seu próprio senhor, portanto é dona da casa que este freqüenta, ou seja, ela está hierarquicamente acima dele, é seu vassalo. Por ela, deixa de ser livre.
O amor cortês é um jogo, cujo mestre é o homem. A dama é uma peça fundamental, porém é mulher e não dispõe livremente do seu corpo, que pertenceu, primeiramente a seu pai, agora é de seu esposo. Carrega nele a honra deste esposo, Por esse motivo ela é altamente vigiada.
Sem privacidade nos castelos, ao menor deslize, esta mulher é acusada, por ser frágil e fraca. É passível dos piores castigos, os quais seu cúmplice corre o risco de recebe-los.
Neste jogo, o mais excitante eram os perigos, o amor cortês era uma aventura, permeado por códigos secretos, discrição, olhares furtivos e pela ânsia de estarem junto com esta dama “num jardim secreto”.

Amor Anônimo



Não é anônimo meu amor
como é de teu pensar
bem é de teu saber
a ti meu pensamento
vivo a dedicar
e mesmo longe
sempre estou a ver-te
fixa em meu firmamento
estrela de meu penar

Mas é solitário o meu amor
e o brilho teu
a refletir-se em mim
é como de uma luz distante
que só me atinge
de longínqua
muito tenuamente

Meu amor assim
só pode parecer-te
como inexistente
inda que dele me lembre
a todo instante
e a todo instante o invoque
como um amor bem presente

Meu amor assim
infelizmente
disso pode viver apenas
e embora sem ser anônimo
como pensas
não chega a merecer-te
que dele lembres
como podendo ter lugar
em nossas vidas tão pequenas

P.R.
29 junho 2010

J.S.Bach
Suite per liuto in mi bemolle Maggiore
Mozar
tConcerto per violino e orchestra in sol Maggiore No.3 K216

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Uma Noite no Teatro

Tomando conhecimento de uma apresentação de atores do Teatro Escola de Pelotas na noite de quarta, dia 30 de junho, dirijo-me ao Bistrô da Secult.
Trata-se dos esquetes “Esses Lopes” e “Sinhá Secada”, ambos baseados na obra de Guimarães Rosa , dirigidos por Barthira Franco com interpretações da própria Barthira e Fabrício Gomes e com adaptações de Valter Sobreiro Júnior. Lembrei-me de que seria uma oportunidade de encontrar o Valter de quem tive a oportunidade de fotografar várias montagens, em especial Em Nome de Francisco . Além disto estava mais do que na hora de atender ao chamamento de minha amiga Joice para escrever para os Comentaristas de Espetáculos Teatrais de Pelotas
Chego um pouco atrasado, mas apenas uns poucos minutos. O local, um espaço bem pequeno, está lotado. Como não o conhecia (!) só me certifico de que se trata dele pela iluminação, com spots, junto à calçada na rua. Um efeito muito interessante mas sinto falta de algum tipo de cartaz esclarecendo que no local está sendo apresentado o espetáculo. Considerando que corre no meio teatral a queixa de que há pouca divulgação por parte dos meios de comunicação, esta divulgação não poderia faltar na porta do espetáculo.
Mas isto é irrelevante. De minha parte achei ótimo pois , a falta de uma referência do que se tratava deu-me, ao entrar no prédio imerso na escuridão, a sensação de que adentrava no interior de um templo onde estava por se realizar uma cerimônia secreta.
E poderia até se tratar disto pois, no interior, deparo-me com um punhado de pessoas, creio que não mais do que cem, sentadas em duas fileiras de umas quatro ou cinco, acompanhando atentamente uma cerimônia estranha. À frente, sob luzes e diante de uns painéis, um homem e uma mulher dizendo coisas que não consigo escutar muito bem. Até porque falam de um jeito estranho, articulando bem as palavras e gesticulando de modo bem marcado, se referindo a fatos e nomes de pessoas que desconheço . Chamou-me também a atenção que a mulher, embora a noite estivesse fria, estava descalça. Aliás tanto ela quanto o homem que a acompanhava usavam pouca roupa, sem dúvida vestidos ambos de forma inadequada para a temperatura. Mas como interpretavam personagens de Guimarães Rosa, o diretor deve ter pensado não haver outra escolha. O sertão, ao contrário de nosso inverno, é quente.
Assim que atravesso o corredor de entrada, como disse muito escuro, posto-me ao fundo, na realidade do lado de fora do recinto já que ele está lotado, procurando entender melhor o que está se passando. Mas logo me dou conta de que teria que estar mais bem acomodado para ter condições de me concentrar na cena. Lembro-me que na época de estudante se tinha disposição de acompanhar uma apresentação , quando lotava, sentado no corredor ou em pé em um canto. Percebo bem, neste momento, a precariedade da cidade em oferecer espaços para apresentações artísticas. E, ao mesmo tempo, dou-me conta do valor dos amantes de teatro que com todo tipo de dificuldades levam em frente sua paixão. A todas estas, no entanto, acossa-me uma questão moral. Devo permanecer , tentando extrair os elementos que necessitaria para atender ao compromisso com os Comentaristas ou, atendendo ao apelo de meu corpo, retirar-me?
Acho que preciso neste momento fazer uma confissão. Paralelamente aos espetáculos artísticos em si, sempre me prendeu muito a atenção o conjunto das situações que o cercam. Ou seja, os bastidores, a platéia, o mundo paralelo aos espetáculos. Talvez até por isto, embora sempre interessado por teatro e convivendo dentro do meio, nunca cheguei a pensar seriamente em interpretar. A fotografia tornou-se, então,uma forma bem adequada de acompanhar, participando, os espetáculos . Aliás, se estivesse com a máquina teria um motivo forte para acompanhar a apresentação , a começar que não precisar procurar um lugar para sentar, ao contrário ficaria circulando.
Não vou me deter a relatar os pensamentos e os sentimentos que me acompanharam nos momentos seguintes. Na tentativa de encontrar um lugar mais adequado saí a andar pelo espaço externo em volta da sala mas isto em nada parecia adiantar. Definitivamente não parecia haver uma condição capaz de possibilitar acompanhar a apresentação. Tomei , assim, a decisão que temia pudesse representar a minha demissão do grupo de Comentaristas. Palpeando pela passagem escura encaminhei-me para a saída e fui parar novamente na calçada.
Uma pena porque gosto muito de esquetes ( sketches) pois, como já disse, o que me atrai no teatro assim como nos espetáculos em geral são os bastidores, a montagem. Talvez seja a razão pela qual goste tanto de Brecht que destaca muito o lado pedagógico do teatro. Por isto, também, tenha interesse em leituras teatrais algo que , certamente, não atrai o público.
Mas agora é tarde demais. Já me encontro caminhando na rua. E a uma certa frustração inicial logo, no entanto, se sucede uma espécie de consolo por viver numa cidade que embora apresente carências graves como a ausência de casas de espetáculos com condições, permite, no entanto, ter-se acesso a apresentações como esta dentro da atmosfera cultural que o ambiente propicia. Pode-se mesmo sentir no ar, graças à dedicação de alguns apaixonados, um reerguimento do teatro talvez inclusive, pela primeira vez, num plano menos amador ou, pelo menos, mais fundamentado teoricamente.
Como sei, no entanto, que os resultados não são imediatos, dou-me ao luxo de fazer esta retirada estratégica. Outros espetáculos, outros esquetes especialmente, hão de vir e espero da próxima vez, encontrar lugar para sentar ou, até, estar mais bem preparado com a máquina fotográfica na mão.
E coincidência ou não, parando por uns instantes num bar antes de voltar para casa, encontro-me com o Flávio Dornelles. Abordo a questão das salas de espetáculos e ele me comenta a possibilidade da Universidade Federal criar um espaço para apresentações teatrais em razão da própria existência do curso de teatro. Só não comentei com ele o detalhe da minha evasão, bobagem talvez, já que agora a torno público.
Bom encontrar o Flávio, bom saber que na penumbra da sala da qual me evadi poderia estar o Valter, talvez a Joice ou algum outro conhecido do meio.
Bom saber que , embora com algumas dificuldades de sempre, o teatro vive.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Nova Vida

O primeiro a me deixar foi meu cachorro.
Parece que passou alguém assoviando na rua e seguiu atrás.
Depois vieram os amigos, a mulher já tinha me deixado,os filhos foram juntos com a mulher. Fiquei só com as paredes da casa pois a mulher também levou a mobília.
Passei a dormir no chão.
Fiquei sozinho dentro da casa deserta tendo como companhia apenas um velho toca-discos que comprei usado depois que fiquei sem nada.
Passei a comer menos, quase que só sanduíches e leite. Ou um suco de frutas, tudo muito contido.Claro que emagreci, da condição de pré-obeso fui descendo na escala de peso e acabei em alguma coisa perto de anoréxico.
Fiquei também com os livros, minha mulher não se interessou por eles.
E é assim que passei a levar os dias, lendo e ouvindo os clássicos.
Mas minto ao dizer que todos me deixaram.
No telhado permaneceram duas gatas que adotei. Agora já as deixo descer e gostam de ficar paradas em algum canto, normalmente alto, dentro da casa. Absolutamente não incomodam e tenho a impressão de que compartilhamos um tipo de percepção que não está ao alcance de todos de ter.
Só devo me confessar um pouco confuso, pois não sei se o que sinto é solidão.
Há momentos em que me pergunto se não é felicidade.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

A Bicicleta na Esquina da Minha Casa

... Ao sair de casa deparei-me, na esquina, com esta bicicleta que, de pronto, fotografei ...( texto integral em Ciclistas Anônimos - http://www.ciclistasanonimos.com/)

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Pensamentos

A melhor maneira de manter um blog, se não quisermos que se tornem alguma espécie de diário ,talvez seja anotar pensamentos. Principalmente em se tratando de fim de ano quando todos nós, que corremos o tempo todo, nos tornamos um pouco filósofos, um pouco filantropos, mais carinhosos e amigos que de costume.
A idéia pareceu-me boa e pensei, pensei muito esperando que me ocorresse algum pensamento que não fôsse dos antigos ou tirado de algum compêndio.
Mas não ocorreu.
A intenção, portanto, fica assim à espera que da próxima vez eu tenha mais inspiração.

terça-feira, 8 de julho de 2008

O Manequim

Sempre pensei em ter um manequim. Andei até quase comprando um , usado, que vi em um brique. Lembro, quando andava bem interessado, que os novos eram muito caros para tal extravagância.
Que outro nome dar a esta vontade?
Minha idéia, com o manequim, era de usá-lo em situações bem insólitas. Pensei em várias . Colocá-lo na sala quando recebesse alguma visita, mantê-lo diante do televisor como um espectador cativo ( até que ponto suportaria?), carregá-lo dentro do carro como um passageiro ( soube que isto já se faz, como um subterfúgio de segurança), enfim uma infinidade de casos em que fosse possível criar algum tipo de situação absurda.
Talvez lhe desse um nome, mas que nome pode ser um manequim?
Nome de gente?
Poderia, também, à medida que ele fosse se integrando à minha vida, considerá-lo uma espécie de objeto da família. Ou melhor, pessoa.
Poderia mesmo considerar o dia em que ele entrasse em minha vida como o dia de seu aniversário e, todos os anos, comemorar a data.
Mas quem deveria convidar?
Meus amigos ou os dele?
Acabaria convidando os meus mas receio que ele gostasse de convidar os seus.
O que estou dizendo?!
Como pode um manequim ter amigos?!
Ou será que os tem?
De algum modo talvez se comuniquem e, como os prisioneiros em suas celas ou antigamente os escravos, mantenham algum tipo de comunicação secreta.
Aliás, de algum modo, além do preço, meu desconhecimento sobre a vida dos manequins foi uma das causas pelas quais nunca cheguei a levar adiante a idéia de ter um.
Por alguma razão, ao mesmo tempo em que me atraem, tenho em relação a eles uma espécie de receio.
Receio do mistério que pressinto os envolvem, receio que tenham alguma forma de poder, talvez até maléfico, que possam exercer.
Creio que já andaram explorando esta faceta sinistra na ficção, em filmes, algo assim.
Mas, obviamente, isto só pode ser uma concepção infundada e talvez me disponha , finalmente, a comprar um.
Resta decidir se homem ou mulher, se branco ou negro,
E tem a questão, que já falei, do nome.
Se fôsse mulher talvez a chamasse Giselle.
Se homem, não sei.
Talvez, para torná-lo mais amigável, um nome de anjo.
Gabriel, Miguel, Serafim.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Como os Portugueses

Escrevo como os portugueses
detenho-me no que está
à frente das palavras
e nas coisas visíveis
não nas palavras mesmo
ou em significados possíveis

O mais importante não são
imagens rebuscadas
me valho da poesia
como me valho da prosa
para falar de coisas aparentes
de coisas tangíveis

Se queres podes dizer
que me pus pois a filosofar
em vez de fazer poesia
é que meus versos são assim
como se fôssem pensamentos
extraídos de mim

Teu silêncio

Teu silêncio
é o silêncio de todos os tempos
teu abandono
o abandono de todos os entes

o vazio que se estende
entre nós
é um vazio dentro do vazio
dou braçadas dentro dele como quem nada
dentro do próprio nada
e desapareço como desaparecem
almas penadas

teu silêncio sou eu
transformado em alguém
que não tem nada de seu
pois o amor até mesmo
o amor que seria teu
e seria meu
este amor partiu
e para todo o sempre
perdeu-se no além

Casa Velha, 27 de janeiro

sábado, 26 de janeiro de 2008

Minha sombra
















minha sombra
parece tão frágil
espichada na tarde
ao sol que se põe

terei crescido
ou subido em andainas?

minha sombra é um peso
que não me pesa
minha sombra não só não cai
como me equilibro sobre ela

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Retrato (falado)


Bem , se as imagens valem por milhares de palavras, talvez me caiba apenas dizer que não vou dizer nada.
Apenas olhem esta paisagem diante da qual decidi interferir com minha imagem. A imagem do meu retrato o qual, se continuar a escrever, ameaça tornar-se um retrato falado.Por isto, me interrompo. Vou apenas acrescentar, sem mais palavras, nem mesmo meias palavras, que o cenário ao fundo é Punta del Este.

MP3

Às vezes quando penso
Que o mundo te esqueci
Recebo de tão longe
Como se fosse do outro lado
Do mundo
Os emails de ti

E não quero mais escrever
Prá quem até sofri
Todos os anos do mês
Todas as semanas do dia
Vou sair por aí
Por ruas que ainda não vi
Ver se me inspiro
A ouvir poesias
que gravo no MP3

Este que anda aí

Me fui
Este que anda aí
Não sou eu
Se parece comigo
Diz ter o meu nome
Tem a chave de minha casa
E usa as minhas coisas
Usa até minha escova de dentes
E meus objetos pessoais
Mas se trata apenas de alguém
Que roubou minha identidade
De um farsante
Que diz ser eu
Mas não mais sou
Mas deixa ficar assim
Afinal quem iria ocupar
O meu lugar
o lugar de alguém que já se foi
e já partiu
Sem que os amigos soubessem
Sem que desconfiasse a mulher ?
Alguém que já partiu
E nem ele se deu con
ta

Não queria dormir

Não queria dormir
Medo de se dormir
Não acordar mais aqui
Nem aqui
Nem em outro lugar
Acordar por aí
Sem bem saber como ir
Nem como voltar

Não queria dormir
Queria ficar acordado
Ouvindo o som do mar
Batendo do meu lado
Queria poder caminhar
Dentro da noite até
de repente chegar
Na porta da tua casa
E só dizer te ouvir:
- Pode entrar

PRBaptista

Sou eu! Bem, pelo menos, penso que sou. A escrever ( sempre a escrever) sobre coisas que já aconteceram, estão acontecendo, vão acontecer ou, o que é mais provável, não vão acontecer jamais.
Mas, pelo menos, alguém terá escrito sobre elas.

O Tempo

Que o tempo passaria
sabia-se que assim seria
e com ele levaria a pedra
e levaria o vento

Que dizer então
das pobres lembranças
dos pobres retratos
e da carne insignficante
que virariam pó?

Qual a surpresa então
de me esqueceres
se o amor é o que primeiro
o tempo levaria
sem qualquer dó?

10/12/2007

Reflexões Iniciais

Tenho muitos sites, muitos blogs, muito tudo, não consigo dar conta.
A Sueto até que ajuda com seu blog ( http://www.gatasueto.blogspot.com/ ) , mas é muito "deitada".
Literalmente, porque fica 2/3 do dia na sua caminha.
O terço restante, dorme ou dá umas voltinhas atrás da gente para ficar junto ou porque quer comer ...
O risco dos blogs é que acabarem virando diários.
Diários que, muitos deles, ninguém lê.
Então me parece que há nisto uma contradição.
Primeiro porque diários não seriam, a princípio, para serem tornados públicos.
Mas, se o são, supõe-se que seja porque esta é a vontade.
Em não havendo, contudo, a leitura esperada tem-se a dupla decepção de se ter revelado
e tirado da intimidade coisas até pessoais e, por outro lado, isto não ter atraído nenhum leitor.
Enfim, reflexões sobre os blogs que apesar de tudo, confesso, têm me atraído.